A última sexta-feira, dia 13, foi marcada por um passeio ciclístico diferente. Foi o Pedal pela Paz. No dia em que a morte do Rogério Esteves, ciclista atropelado na avenida Mário Jorge, na Coroa do Meio, completou trinta dias, cerca de cem ciclistas se reuniram para cobrar educação no trânsito e que o atropelamento não fique impune.



A Delegacia de Delitos de Trânsito está finalizando o relatório que vai indiciar o condutor do veículo causador do acidente por homicídio culposo (sem intenção de matar) e enviá-lo ao Ministério Público. “Quem viu o vídeo do acidente não consegue acreditar que tamanha violência seja definida como um mero acidente. Rogério estava posicionado corretamente na via, respeitando todas as leis de trânsito, quando é atingido por trás pelo carro, que trafegava rente ao meio-fio”, disse João de Deus, membro do grupo de pedal Os Zuandeiros, do qual Rogério Esteves fazia parte. “Esperamos que, ao chegar ao Ministério Público, o entendimento seja diferente”, completou.



Os ciclistas saíram do Calçadão da 13 de Julho e foram ao local do acidente, onde está afixada uma bicicleta-fantasma, como forma de homenagear o ciclista morto e lembrar a todos que é preciso paz no trânsito. Lá, foram colocadas flores e uma placa com o nome de Rogério na bicicleta. Foram distribuídos panfletos aos motoristas lembrando o respeito às leis de trânsito, como guardar a distância de 1,5m e reduzir a velocidade ao passar ou ultrapassar um ciclista (Artigos 201 e 220 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB). A panfletagem continuou no cruzamento da avenida Mário Jorge com a rua Urbano Neto.



Em discussão coletiva, os ciclistas decidiram fazer um ato mensal pela cidadania no trânsito. O próximo acontecerá no dia 13 de fevereiro, com concentração às 19h30, no Calçadão da 13 de Julho.



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